Minhas sinapses são mais rápidas que a solução dos problemas. Daí eles
se acumulam em pilhas, na repartição pública da minha cabeça. Esse
acúmulo de pendências dá urticária. Surgem os post its mentais, e-mails
para mim mesma, agenda e tudo o que me faça não me esquecer de lembrar de
não me esquecer... de um dia pro outro, velhos perdem importância,
morrem, novos surgem. E passo o dia assim, tomando notas de notas. Para
não enlouquecer. Enlouquecendo.
24.set.2013
1.10.13
17.1.12
12.7.11
24.4.11
27.3.11
13.3.11
23.12.09
Na adolescência, você quer ser aceito e precisa de muitos amigos, quase de um fã-clube. A popularidade é diretamente proporcional à felicidade. Aí você cresce e vê que está tudo no detalhe. Melhor que dez amigos numa noite é passar um dia inteiro com alguém para quem você olha e o silêncio basta. Por quem você daria a vida. E você não precisa gastar seu tempo com mais ninguém...
9.11.09
"você
que a gente chama
quando gama
quando está com medo
e mágua
quando está com sede
e não tem água
você
só você
que a gente segue
até que acaba
em xeque
ou em chamas
qualquer som
qualquer um
pode ser tua voz
teu zumzumzum
todo susto
sob a forma
de um súbito arbusto
seixo solto
céu revolto
pode ser teu vulto
ou tua volta"
Paulo Leminski
que a gente chama
quando gama
quando está com medo
e mágua
quando está com sede
e não tem água
você
só você
que a gente segue
até que acaba
em xeque
ou em chamas
qualquer som
qualquer um
pode ser tua voz
teu zumzumzum
todo susto
sob a forma
de um súbito arbusto
seixo solto
céu revolto
pode ser teu vulto
ou tua volta"
Paulo Leminski
15.7.09
12.7.09
30.11.08
3.11.08
12.6.08
Uma despedida
Em São Paulo, você pode sair com o sol a pino e um copo de café na mão, rezando para ele te esquentar o tempo duradouro que for, sob 16 graus...
***
- Quanto custa o condomínio?
- R$ 700.
- E o senhor sabe quanto querem de aluguel?
- Ah, a senhora tem de falar com a imobiliária.
- Só uma idéia... R$ 1.500?
- Daí para cima.
***
Não sei o quê, mas eu estava esperando alguma coisa para conhecer o parque Buenos Aires só três anos depois de morar a cinco quadras dele.
A gente se esquece do que se tem sempre ao lado. E só dá valor quando perde. Eu esperava a partida.
***
Hipocrisia é você clamar por novos desafios e, quando eles chegam, justificar sua preguiça dizendo que não era esse tipo de mudança que imaginava.
***
Mini-luto
Mini-cidade
Minha despedida
Macro-expectativa
12.mai.2008
Em São Paulo, você pode sair com o sol a pino e um copo de café na mão, rezando para ele te esquentar o tempo duradouro que for, sob 16 graus...
***
- Quanto custa o condomínio?
- R$ 700.
- E o senhor sabe quanto querem de aluguel?
- Ah, a senhora tem de falar com a imobiliária.
- Só uma idéia... R$ 1.500?
- Daí para cima.
***
Não sei o quê, mas eu estava esperando alguma coisa para conhecer o parque Buenos Aires só três anos depois de morar a cinco quadras dele.
A gente se esquece do que se tem sempre ao lado. E só dá valor quando perde. Eu esperava a partida.
***
Hipocrisia é você clamar por novos desafios e, quando eles chegam, justificar sua preguiça dizendo que não era esse tipo de mudança que imaginava.
***
Mini-luto
Mini-cidade
Minha despedida
Macro-expectativa
12.mai.2008
1.3.08
12.2.08
8.1.08
Ciclos
Todo mundo tem uma bolha pessoal
Onde pode inflar todos os desejos mais perfeitos
É onde ouvimos trilha sonora personalizada sem fone de ouvido
E quando desmoronamos por dentro sem ninguém desconfiar
Fim de namoro é igual a plano de saúde barato
Você paga por uma carência de três meses
Quando piscamos o olho
A bolha explode
A vida volta ao normal
Quero que a minha seja feita de cinema e dure três meses
Até que os revolucionários que estacam bandeiras dentro de mim vençam a guerra
Ou dêem-na como vencida
outubro.2006
Todo mundo tem uma bolha pessoal
Onde pode inflar todos os desejos mais perfeitos
É onde ouvimos trilha sonora personalizada sem fone de ouvido
E quando desmoronamos por dentro sem ninguém desconfiar
Fim de namoro é igual a plano de saúde barato
Você paga por uma carência de três meses
Quando piscamos o olho
A bolha explode
A vida volta ao normal
Quero que a minha seja feita de cinema e dure três meses
Até que os revolucionários que estacam bandeiras dentro de mim vençam a guerra
Ou dêem-na como vencida
outubro.2006
15.12.07
Hoje eu queria poder voar
Enjaulada
Numa encruzilhada dentro de mim
Sem poder soltar um suspiro
Só sai em forma de grito
Urros, quis dizer
Roubo-me todo um dia um pouquinho
Para suportar a existência
Sobrevivência
Subvivência
Odeio a passividade
Conveniências
Mas me aprisiono, sem saber a quem
Sabendo, não me pertenço
E sigo me enganando
Só a mim...
Enjaulada
Numa encruzilhada dentro de mim
Sem poder soltar um suspiro
Só sai em forma de grito
Urros, quis dizer
Roubo-me todo um dia um pouquinho
Para suportar a existência
Sobrevivência
Subvivência
Odeio a passividade
Conveniências
Mas me aprisiono, sem saber a quem
Sabendo, não me pertenço
E sigo me enganando
Só a mim...
27.11.07
As cigarras
Sofia tinha seis anos quando se pendurava em árvores. Era essa a época das cigarras. Todo dia havia uma, com seu grito ininterrupto, perto do anoitecer.
Ela sorria quando pensava num mundo cheio de cigarras. Porque algum dia alguém lhe contou que a cigarra começa a ganir quando cai o sereno e só pára quando morre, na noite do mesmo dia.
Para Sofia, e mais ainda para seu pai, quando a cigarra cantava era hora de descer da árvore e subir para casa. O dia começava infinito, mas acabava às seis da tarde.
Hoje, Sofia não as ouve. Por que não é mais criança. Mas não porque sua vida de adulto não seja cronometrada e cheia de regras. Só que, no lugar de seu pai, agora são impostas por ela mesma.
25.nov.2007
Sofia tinha seis anos quando se pendurava em árvores. Era essa a época das cigarras. Todo dia havia uma, com seu grito ininterrupto, perto do anoitecer.
Ela sorria quando pensava num mundo cheio de cigarras. Porque algum dia alguém lhe contou que a cigarra começa a ganir quando cai o sereno e só pára quando morre, na noite do mesmo dia.
Para Sofia, e mais ainda para seu pai, quando a cigarra cantava era hora de descer da árvore e subir para casa. O dia começava infinito, mas acabava às seis da tarde.
Hoje, Sofia não as ouve. Por que não é mais criança. Mas não porque sua vida de adulto não seja cronometrada e cheia de regras. Só que, no lugar de seu pai, agora são impostas por ela mesma.
25.nov.2007
3.10.07
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