Paulista com açúcar em 26.dezembro
noite charmosa
fumaça cautelosa
chuva ininterrupta inebriante
um pouco de idéia saltitante
café perfumado, por favor
agora quero sonhar...
31.12.04
30.12.04
de 20.novembro.2004
dores de saudade
de afago com mão de lençol
ligação repentina
átomos entrelaçados
quase um só
dura
pura
cura
a paciência vem quando menos precisamos dela
se dores de saudade
espera eterna
maldito Pessoa
dura tanto que o infinito não finda
odeio talvez
quem sabe também
inferno de Dante para quem crê
que 'sempre' é uma palavra bela
estamos aqui hoje
para estarmos amanhã
em qualquer outro lugar
sinapse da vida
agora só falta internalizar...
dores de saudade
de afago com mão de lençol
ligação repentina
átomos entrelaçados
quase um só
dura
pura
cura
a paciência vem quando menos precisamos dela
se dores de saudade
espera eterna
maldito Pessoa
dura tanto que o infinito não finda
odeio talvez
quem sabe também
inferno de Dante para quem crê
que 'sempre' é uma palavra bela
estamos aqui hoje
para estarmos amanhã
em qualquer outro lugar
sinapse da vida
agora só falta internalizar...
28.12.04
27.12.04
26.dezembro, pós-natal chuvoso na Paulista, eu e uma companhia literária na mochila.
eu e eu mesma
Nunca estava só. Os pensamentos espetavam as pálpebras. De olhos abertos, pneus sobre asfalto molhado eram devaneios. Daqueles de tardes garoentas, cinzas, fumaça. Motivo para pensar sobre o telefone que nunca tocava. Mas não voz... queria olhos, pensamentos.
Cápsula de cidade de muitos momentos solitários. Não era para ser assim. Acostumou-se com barulhos e luzes e cores e dureza que bombeavam uma coisa que não sabia explicar. Argumentos eram transliterados por nuvens às oito da noite que escondem a púrpura cor da cidade que sangra. Todos sangramos... calados.
Complemento para a solidão, da urbe dura e crua, que não deixa olhos derramarem gritos. Quando em sol, claras nuvens e verde, então gritos e risos e farfalhar de grama seca. Era fora da cápsula opressora que as pessoas descobriam o que era felicidade. Não porque antes elas não sabiam, mas fora da fumaça elas enxergavam melhor.
Ninguém precisa de um motivo e, mesmo assim, já o tem. Há aqueles, como ela, jeans surrado e cigarros, atravessando sozinha a Paulista, que não agüentam ver a vida passar. Estão sempre atrás de um telefone que não toca, um sorriso indissolúvel no tempo. Alguns não conseguiam perceber quando era hora de parar. Ela sabia, mas não queria.
Todos atrás de um conforto que esguiche azul dos olhos, tenha veludo nas mãos e nos faça sangrar, sentir, calar. Enquanto o conforto não chega, a cidade, fria e dura, continua garoando aqui dentro. Talvez para umedecer corações perdidos que procuram... procuram...
eu e eu mesma
Nunca estava só. Os pensamentos espetavam as pálpebras. De olhos abertos, pneus sobre asfalto molhado eram devaneios. Daqueles de tardes garoentas, cinzas, fumaça. Motivo para pensar sobre o telefone que nunca tocava. Mas não voz... queria olhos, pensamentos.
Cápsula de cidade de muitos momentos solitários. Não era para ser assim. Acostumou-se com barulhos e luzes e cores e dureza que bombeavam uma coisa que não sabia explicar. Argumentos eram transliterados por nuvens às oito da noite que escondem a púrpura cor da cidade que sangra. Todos sangramos... calados.
Complemento para a solidão, da urbe dura e crua, que não deixa olhos derramarem gritos. Quando em sol, claras nuvens e verde, então gritos e risos e farfalhar de grama seca. Era fora da cápsula opressora que as pessoas descobriam o que era felicidade. Não porque antes elas não sabiam, mas fora da fumaça elas enxergavam melhor.
Ninguém precisa de um motivo e, mesmo assim, já o tem. Há aqueles, como ela, jeans surrado e cigarros, atravessando sozinha a Paulista, que não agüentam ver a vida passar. Estão sempre atrás de um telefone que não toca, um sorriso indissolúvel no tempo. Alguns não conseguiam perceber quando era hora de parar. Ela sabia, mas não queria.
Todos atrás de um conforto que esguiche azul dos olhos, tenha veludo nas mãos e nos faça sangrar, sentir, calar. Enquanto o conforto não chega, a cidade, fria e dura, continua garoando aqui dentro. Talvez para umedecer corações perdidos que procuram... procuram...
26.12.04
17.12.04
14.12.04
além do post logo abaixo, música do Cake para traduzir sentimentos complexos...
Italian Leather Sofa
"she doesn't care
whether or not he's an island
she doesn't care,
just as long as his ship's coming in
[she doesn't care
whether or not he's a good man
she doesn't care,
just as long as she still has her friends]
if they laugh, they make money
he's got a gold watch
she's got a silk dress
and healthy breasts
that bounce on his italian leather sofa"
Italian Leather Sofa
"she doesn't care
whether or not he's an island
she doesn't care,
just as long as his ship's coming in
[she doesn't care
whether or not he's a good man
she doesn't care,
just as long as she still has her friends]
if they laugh, they make money
he's got a gold watch
she's got a silk dress
and healthy breasts
that bounce on his italian leather sofa"
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