Hoje eu queria poder voar
Enjaulada
Numa encruzilhada dentro de mim
Sem poder soltar um suspiro
Só sai em forma de grito
Urros, quis dizer
Roubo-me todo um dia um pouquinho
Para suportar a existência
Sobrevivência
Subvivência
Odeio a passividade
Conveniências
Mas me aprisiono, sem saber a quem
Sabendo, não me pertenço
E sigo me enganando
Só a mim...
15.12.07
27.11.07
As cigarras
Sofia tinha seis anos quando se pendurava em árvores. Era essa a época das cigarras. Todo dia havia uma, com seu grito ininterrupto, perto do anoitecer.
Ela sorria quando pensava num mundo cheio de cigarras. Porque algum dia alguém lhe contou que a cigarra começa a ganir quando cai o sereno e só pára quando morre, na noite do mesmo dia.
Para Sofia, e mais ainda para seu pai, quando a cigarra cantava era hora de descer da árvore e subir para casa. O dia começava infinito, mas acabava às seis da tarde.
Hoje, Sofia não as ouve. Por que não é mais criança. Mas não porque sua vida de adulto não seja cronometrada e cheia de regras. Só que, no lugar de seu pai, agora são impostas por ela mesma.
25.nov.2007
Sofia tinha seis anos quando se pendurava em árvores. Era essa a época das cigarras. Todo dia havia uma, com seu grito ininterrupto, perto do anoitecer.
Ela sorria quando pensava num mundo cheio de cigarras. Porque algum dia alguém lhe contou que a cigarra começa a ganir quando cai o sereno e só pára quando morre, na noite do mesmo dia.
Para Sofia, e mais ainda para seu pai, quando a cigarra cantava era hora de descer da árvore e subir para casa. O dia começava infinito, mas acabava às seis da tarde.
Hoje, Sofia não as ouve. Por que não é mais criança. Mas não porque sua vida de adulto não seja cronometrada e cheia de regras. Só que, no lugar de seu pai, agora são impostas por ela mesma.
25.nov.2007
3.10.07
14.8.07
10.8.07
Ro, vá na casa do Fran pegar a calça do Alê e levar para a lavanderia do Ma.
Ironicamente, a economia de palavras do paulista é diretamente proporcional à exatidão de um baiano ao se referir a uma pessoa. Porque Alexandre na Bahia só pode ser Xande. Na complexa São Paulo, quando Alê é chamado, olham os Alexandres e Alessandros, como os Robertos, Rogérios e Rodrigos na vez do Ro. Beto, Chico, Xande e Celo encurtam o raciocínio. Depois os paulistas não entendem de onde os baianos tiram tanto tempo livre para... descansar.
Julho.2007
Ironicamente, a economia de palavras do paulista é diretamente proporcional à exatidão de um baiano ao se referir a uma pessoa. Porque Alexandre na Bahia só pode ser Xande. Na complexa São Paulo, quando Alê é chamado, olham os Alexandres e Alessandros, como os Robertos, Rogérios e Rodrigos na vez do Ro. Beto, Chico, Xande e Celo encurtam o raciocínio. Depois os paulistas não entendem de onde os baianos tiram tanto tempo livre para... descansar.
Julho.2007
7.5.07
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